Descobri hoje que não há apenas uma, mas DUAS antologias gringas sobre Steampunk programadas para este ano. A primeira é a Steampunk, da Tachyon, editada pelo casal Jeff & Ann VanderMeer. A segunda é a coletânea da editora britânica Solaris Books Extraordinary Engines.
A primeira sai agora em maio e a sugunda somente em outubro. Em ambas, um desfile de pesos-pesados na nova geração de escritores especulativos e mais outro monte de escritores já consagrados. A saber: Neal Stephenson, Ted Chiang, Michael Chabon, Stephen Baxter, Eric Brown, Paul Di Filippo, Hal Duncan, Jeffrey Ford, Jay Lake, Ian R Macleod, Michael Moorcock, Robert Reed, Lucius Shepard, Brian Stableford e o próprio Jeff VanderMeer.
A diferença, além de alguns autores, é que a antologia da Tachyon traz não só ficção, mas também artigos, como Steampunk na Cultura Pop e Steampunk nos Quadrinhos. Já a coletânea da Solaris parece ser mais direta e é vendida como “a antologia definitiva” sobre o tema.
Então, temos o ressurgimento, ou fortalecimento, ou consolidação do gênero steampunk na gringolândia. Nos últimos meses surgiram blogs, flogs, revistas e até matéria na Wired falando sobre o gênero. Uma verdadeira subcultura se estabelecendo. Já deram um Google Images com o termo steampunk? Acho que foi o mesmo Jeff VanderMeer (não o cito mais no post, prometo), que disse que o steampunk vai ser a próxima big thing da literatura especulativa.
E daí? Daí que o Brasil tem uma “era vitoriana” muito interessante. Brasil Império, negros recém-libertos, início da imigração italiana (e por conseguinte a chegada dos anarquistas), industrialização, urbanização, escritores legais para serem usados como personagens… Com um pouco de liberdade poética, tem até visita do Zeppelin no Brasil (1930). E como eu tenho essa mania de querer surfar no zeitgeist, lâmpadas a gás, criptozoologia, implantes vapornéticos e motores de diferença definitivamente devem ser alguns de meus temas esse ano. Quem me acompanha?
Já estou acompanhando. 🙂
Poisé, Lancaster! A Ana acabou de me apontar o seu Expresso. Aliás, excelente traço. Vou ficar de olho!
Já acompanho o tema a um bom tempo, e tudo começou quando as airships em Final Fantasy.
Depois veio o saudoso Castelo Falkenstein nos rpgs. Tudo contribuindo para aumentar o vício nesse tema. Os animes/mangás também ajudaram.
É o background ideal para os contos que tenho em mente, tem uma estética diferenciada e versátil.
E mais uma coisa, boa sorte com o blog 🙂
A Solaris não perde tempo, tá com tudo!
Eu tinha escrito uma história steampunk há alguns anos, e perdi tudo num crash de um computador. Agora estou coletando dados para uma nova história – mas vai demorar um tempo.
Obrigado, Jacques! Eu devo voltar em breve, depois de uma interrupção forçada. 😉
ñ sei quanto aos scifi books…
+ a grande aposta d games scifi
no ano passado foi o jogo bioshock
steampunk até o talo 🙂
C!bo, BioShock parece muito bom. Queria eu ter um console de última geração pra rodar o bichinho. Ficarei nos livros, por enquanto.:D
Por sinal, muito legal seu flog. Volte sempre.
Caro colega
Descobri o estilo steampunk por acaso, e gostei muito. Sou amante de veículos antigos e gostaria de desenvolver um ford T-Bucket 1925 nesse estilo e gostaria de contar com a colaboração de vocês, caso tenha algum designer que possa fazer a gentileza de desenvolver esse projeto.
Abração!
Jim William
Com 1 ano de atraso para responder o haehahea
mas então, acompanho também. Descobri o Steampunk há algum tempo devido ao livro Difference Engines, escrito pelos dois mestres do cyberpunk. É um estilo realmente fantástico, que da ao autor uma liberdade artistica incrível seja lá qual o seu trabalho, artworks, contos, livros, etc.
Você saberia me dizer como comprar esses livros no Brasil?! Fiquei morrendo de vontade de ler, cara! Sou apaixonado por ficção científica e principalmente pelas áreas do cyberpunk e (coloque ênfase agora) do Steampunk.
Att.
Guilherme.